<br>Greve quase total<br> na RTVE

Entre 85 e 90 por cento dos trabalhadores da televisão pública espanhola aderiam à greve realizada na passada semana, dia 5, em protesto contra a extinção de três mil postos de trabalho, ou seja cerca de 40 por cento do efectivo.
Com as instalações praticamente desertas, a estação foi obrigada a transmitir programas gravados para manter a emissão, com excepção dos espaços informativos que ficaram abrangidos pelos serviços mínimos.
Também o jogo Barcelona-Benfica foi transmitido sem dificuldades, já que o governo espanhol evocou o interesse público do encontro, decisão que foi confirmada pelo Supremo Tribunal indeferindo um recurso do sindicato Comissiones Obreras.
Contudo, esta transmissão acabou por ser entregue a uma produtora estrangeira, o que, segundo fontes sindicais referidas pelo diário El Mundo, constitui uma violação do direito à greve
Numa mensagem enviada às organizações sindicais de Espanha, o Sindicato dos Jornalistas português manifestou a sua solidariedade com a greve na RTVE, o sector está debaixo das mesmas ameaças em toda a Europa. «As estratégias e as tácticas podem variar, mas os objectivos dos patrões dos média e também das empresas públicas são os mesmos: destruir os direitos dos trabalhadores, reduzir a autonomia dos jornalistas, menosprezar o direito à informação. É uma ofensiva brutal que exige uma resposta forte e solidária de todos os jornalistas».


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